Negócios de uma pessoa só: inspire-se para montar o seu

Negócios de uma pessoa só: inspire-se para montar o seu

É possível empreender sozinho. Conheça a história de uma confeiteira que prosperou na cozinha da própria casa e veja ideias de negócios para começar já

 

 

Talvez você sonhe em ter uma grande empresa, com muitos funcionários. Mas pode ser que para chegar lá você tenha que começar pequeno, aos poucos, sozinho — e isso é totalmente possível. De acordo com dados recentes da Receita Federal, o Brasil tem 13,69 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI). São pessoas que empreendem por conta própria ou que contam com no máximo um empregado. Enquanto alguns entram no mundo do empreendedorismo por vontade, outros mergulham ali por necessidade.

Negócios de uma pessoa só: inspire-se para montar o seu (Foto: Reprodução)
Muitos empreendedores começam sozinhos e ao longo do tempo expandem os negócios (Foto: Reprodução Unsplash)

 

É o caso de Silvia Pessoa, 41 anos, fundadora da marca de confeitaria afetiva que leva seu nome. Moradora de Ceilândia (DF) e técnica de enfermagem por formação, ela estava fora do mercado de trabalho desde que a filha nasceu. Sua trajetória como empreendedora começou em dezembro de 2016, quando o marido perdeu o emprego. “Minha filha estava com três anos. Comecei a vender doces e salgados. A princípio eu não tinha dinheiro, não tinha batedeira, não tinha formas. A cada bolo que vendia, pegava o lucro e investia em materiais. Tenho muito orgulho de dizer que tudo aqui é fruto do meu trabalho”, lembra ela, que começou de maneira informal dentro da cozinha da própria casa.

Negócios de uma pessoa só: inspire-se para montar o seu (Foto: Reprodução)
Ela criou sozinha a própria empresa, a Silvia Pessoa Confeitaria Afetiva (Foto: Reprodução Instagram)

 

No ano em que o marido passou desempregado, Pessoa conseguiu pagar as contas domésticas com o trabalho que fazia. Naquela época, ganhou uma bolsa integral em um curso profissionalizante deconfeitaria e notou que os doces tinham mais saída do que os salgados em seu negócio. Isso a fez focar nos bolos. “Foi um divisor de águas na minha vida. Depois do curso, abri meu CNPJ e comecei a divulgar meus produtos nas redes sociais. De lá pra cá, fui aumentando a carteira de clientes e ganhando mais experiência”, comemora ela. Aos poucos, diz que conseguiu adequar a cozinha com uma geladeira para uso exclusivo do negócio, um forno, um micro-ondas, três batedeiras, formas e todos os itens necessários para criar e decorar seus bolos e doces por encomenda.

 

 

“Após aquele período, o meu marido encontrou um novo emprego. Então consegui ter asas para enxergar o que eu fazia como um negócio, e não como sobrevivência. Eu decidi ser uma empreendedora, uma confeiteira profissional. Decidi parar de ‘contar moedinhas’ e ter capital de giro”, afirma. A determinação de Pessoa a levou a fazer graduação em gestão empresarial, curso no qual se irá se formar em julho.

 

Negócios de uma pessoa só: inspire-se para montar o seu (Foto: Reprodução)
Curso de especialização em confeitaria mudou o rumo dos negócios da empreendedora  (Foto: Reprodução Instagram)

 

Ao longo do tempo, ela notou dificuldade em precificar os produtos e divulgar a marca. Foi assim que procurou o apoio do Sebrae-DF e participou de consultorias para sanar todas as dúvidas. “Eu não tinha muita noção da área empresarial, mas queria transformar meu negócio, mesmo sendo algo artesanal. O Sebrae ajudou a definir preços de venda e a organizar a contabilidade. Também fizemos o layout da produção: veio uma engenheira de alimentos aqui para me auxiliar como ficaria melhor produzir no espaço que tenho. Tudo isso abriu a minha mente”, revela Pessoa, que vem de uma família de servidores públicos. “Eu fui a única que resolveu empreenderNadei contra a corrente”, brinca.

Mesmo com as dificuldades da pandemia, Pessoa viu o negócio crescer, especialmente na Páscoa, um dos períodos mais produtivos e prósperos para a confeiteira ao longo do ano. Em 2021, vendeu 150 ovos de chocolate. Em 2022, pretende dobrar o número. Outro ramo em que ela atua e que tem começado a dar sinais de melhora são os casamentos e festas de 15 anos. “Quando há muito trabalho, contrato um freelancer por um período. Mas no geral sou eu mesma que atendo clientes, faço orçamentos, produção e entrega. É uma vida corrida, mas fico muito feliz de trabalhar com isso”, finaliza.

 

Fonte: Revistapegn.globo

 

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